A idéia surgiu do nada, mas todos os guerreiros estavam interessados, uma bela viagem para o paraguai. Vou começar a partir do dia da saída.
Eramos 5 no total: Happo, Yuri, Caçapa, Fuspa e Bujy que vos conta. Com o carro do caçapa saímos para comprar nossas provisões para a viagem. Somos viajantes experientes então sabíamos exatamente o que precisávamos. Compramos 3 pacotes de ana maria, 20 litros de água, um ovo de páscoa, uma barra de chocolate pro caçapa, biscoito de polvilho, 8 energéticos e 16 rolos de papel higiênico. Até dado momento apenas Yuri, Caçapa e bujy presentes. Fomos buscar o Fuspa.
Era madrugada de quinta para sexta de páscoa, todas as pessoas decentes já postulavam em seus berços. Apenas Fuspa, o andarilho da noite ainda estava desaparecido e embriagado pela madrugada. Por puro acaso o encontramos chegando a sua residência, onde foi chamado a plenos pulmões pelo caçapa. Subimos para buscar sua mala, cuja mãe tinha arrumado, vamos deixar bem claro, e seguimos nosso caminho rumo ao happo.
No quarto do happo temos uma pequena surpresa. Happo é obviamente um artista, mas a tanto tempo q nao ia a sua casa que a cena foi um pouco impressionante encontrar itens diversos espalhados e coisas pintadas por ai, com nosso amigo descalço sem mala feita. Nossa viagem estava agora oficialmente sob a tutela do deus das apostas e descontos, Bhavikh-Rhaszah (Bavic Raçá). Enrolamos o edredon com fita adesiva e seguimos viagem para o AP do yuri onde deixaríamos o carro do caçapa e pegaríamos o do yuri.
Passando as malas de um carro para o outro descobrimos que o carro do caçapa tinha ficado com sede. Eu estava no banco traseiro e tinha sentido que o banco estava molhado assim que chegamos no yuri e não mais que derrepente nossa viagem tinha 10 litros a menos de agua, enquanto o porta malas do caçapa tinha 10 litros de agua a mais, suficiente para deixar uma pequena poça no asfalto e possivelmente um rastro por onde passávamos.
Não aconteceu mta coisa demais na ida, exceto que passamos por paisagens bem interessantes e o yuri correu feito um psicopata. Partimos as 2:30 e chegamos as 17:00 em dourados onde ficariamos "hospedados" no HQ dos lobinhos. Passamos na casa da tia do yuri, onde fomos mto bem recebidos pela sua familia, tomamos tereré, comemos sopa paraguaia(é uma torta, não se engane pelo nome) e tomamos pinga de abacaxi fermentada em casa(que diziam ser muito forte, mas parecia licor de abacaxi bem suave). Estávamos todos bastante cansados e sujos e etc da viagem de 15 horas então fomos direcionados ao HQ onde nos deixaram bastante a vontade. Após estiarmos nossa bandeira, minha camiseta de jolly rogers, nos movemos rapidamente para procurar algo aberto na cidade para encher a cara na sexta feira de páscoa. Na verdade íamos primeiro pra casa da tia do yuri para comer, mas obviamente eu era o único que tinha prestado atenção no caminho.
Todos contavam com minhas incríveis habilidades de mapeamento e memória relacional, então me esforcei para alcançar o máximo potencial dos meus instintos. Chegamos finalmente no único boteco aberto num raio de 100 quilômetros, tinham 6 velhos caipiras bêbados na frente da casa, dentro tínhamos pinga para um batalhão e uma mesa de sinuca, era claro que meus instintos continuam tão fortes como sempre, Fuspa e eu queimamos a largada com uma dose cada. Não ficamos por lá e infelizmente não tinha mais cerveja, então voltamos a procurar a casa da tia do yuri, já completamente perdidos. Encontramos uma padaria onde pudemos comer algo e comprar algumas cervejas, e logo ao lado uma distribuidora de cerveja, onde passamos algum tempo apreciando as belas pernas tatuadas de uma japonesa enquanto o happo mijava na rua mostrando seu falo para familias que passavam pelo local. Tudo estava lindo rodando quando decidimos q era hora de procurar pastos mais verdas e voltamos a busca pela casa perdida, que finalmente encontramos depois de rodar um pouco, e fomos deliberadamente zoados pela nossa falta de senso de direção. O jantar foi um maravilhoso arroz com galinha, pobre do happo vegetariano.
Tínhamos apenas essa noite para curtir a cidade, pois sábado iríamos a Pedro Juan Cavaliero para comprar coisas e sairíamos na madrugada de sábado para domingo, pelo menos esses eram os planos. Parece interessante ressaltar que durante todos os trajetos desde que encontramos a distribuidora nem todos os membros ficaram dentro do veiculo durante o percurso.
Fomos levados a um grande evento no colégio onde tínhamos musica ruim e as pessoas nos olhavam estranho, e depois de fazermos nossos anfitriões passarem bastante vergonha da nossa presença fomos a outro lugar, outra distribuidora na verdade, onde compramos oque havia de melhor em termos de capotador instantâneo, vide cachaça. Tentamos descobrir oque estava rolando pela cidade com as "galeras jovens" que encontrávamos. Nada parecia muito bom então voltamos para o HQ e, após desamassar o capo do carro, prosseguimos com o plano B de nos capotar.
Na manha seguinte tomamos banho com as aranhas, cada qual com sua técnica especial própria. Seguimos para o Paraguai, com nosso louvado deus Bhavikh-Rhaszah(que deus o tenha), em uma curta viagem de 1 hora com uma média de 150km/h. Chegando lá e fomos procurar algum lugar para estacionar e aparentemente é permitido estacionar nas calçadas, então foi oque fizemos. Com o carro perfeitamente parado, na beira de uma rotatória onde o capo e o porta malas ficaram pra fora da calçada, comemos um belo lanche no burger king, menos o happo que se alimenta unicamente de cerveja, vimos belas mulheres e corremos para um dos lugares mais fáceis de se perder que já fui, estávamos no china shop.
Uma breve descrição do china shop engloba 98% de todos os produtos que voce possa imaginar, produtos de marca, praticamente sem impostos, oque resulta em preços mais acessíveis. Éramos apenas cinco, mas é impossível estar em um lugar tao interessante e conseguir nos manter unidos por 20 segundos considerando nosso período de atenção de 8,37 segundos. Demos meia hora para cada um ir onde quisesse para ver oque fosse e nos reencontrarmos num local predeterminado. A idéia era olhar preços e coisas, pois iríamos no centro comprar umas coisas e depois voltaríamos lá, naquela hora as filas levariam horas e as lojas do centro fecham mais cedo. Tendo o plano sido claramente explicado, quando nos reencontramos eu tinha 20 metros de fita para tapar buraco de telhado, 2 rolos de fita adesiva, uma webcam, graxa neutra, um cortador de aço enorme e o yuri tinha um pé de cabra..possivelmente tínhamos mais alguns itens desnecessários dos quais não me recordo.
Fomos ao centro pra descobrir que estávamos na cidade errada, e nenhum dos preços correspondia aos pesquisados anteriormente na internet para ganhos pessoais incriveis. O microfone do happo não foi encontrado nessa cidade. Comprei 5 laser pointers chineses vagabundos por 2 reais cada. Ficamos 1 hora no estacionamento dum hotel enquanto happo e fuspa iam verificar preços e coisas na internet do hotel, usamos banheiro do hotel. Voltamos e compramos coisas, fim da noite voltamos ao china shop, compramos umas tranqueiras por lá, inclusive cabos para fazer chupeta de carro que eu desisti na ultima hora mas o yuri levou, e na volta rasgamos 2 pneus do mesmo lado na estrada só pq agente conseguiu passar sem ser parado.
O ultimo capitulo foi um grande resumão de tudo oq aconteceu pq não quero entrar em grandes detalhes sobre descontos ou como nosso deus desapareceu(foi usado em forma de descontos talvez?) mas fiz isso pq essa parte, apesar de muito interessante para os presentes, certamente não proporciona tanto entretenimento como a seguinte. Estávamos a nossos 160 por hora quando passamos por um carro parado, e no momento em que eu ria dele percebo que o yuri tb esta encostando, resultado de um grande buraco que rasgou os dois pneus da direita. Éramos a quarta vitima daquele buraco no dia. Em menos de cinco minutos apareceram 2 carros pra nos ajudar e foram buscar um pneu na borracharia de dourados (3 kilometros do nosso destino apenas). Um senhor nos ajudou a trocar o primeiro pneu, nada que não teríamos conseguido, mas ele fez pelo menos 5 vezes mais rápido, paramos na frente de uma pequena comunidade na estrada e vimos eles assim que saímos do carro com a super lanterna q o yuri comprou no centro. Os brothers voltaram, mas o pneu nao encaixava por causa dos pinos, entao o yuri voltou com eles para a borracharia enquanto o resto de nós esperou na estrada. Foi-se uma garrafa de absolute nos 15 minutos que se passaram até voltarem. Colocamos um pneu de reserva velho e fomos até o borracheiro para...não sei..e ficamos de voltar no dia seguinte para pegar os pneus consertados. Nesse ponto tudo fica bastante confuso..Passamos na tia do Yuri para comer e depois voltaríamos aos escoteiros para dormir e partir na empreitada de 18 horas de volta com pneus rasgados.
Happo dormiu no carro e nao foi comer, Fuspa comeu e voltou pro carro, Caçapa comeu e..nao sei.. enquanto eu estava dançando na cozinha acho O.o. Yuri era o unico sóbrio salvação de todos. Descobrimos que durante a tarde tiveram uma reunião dos lobinhos e tiveram que tirar nossa bandeira...e esconder as bebidas..e não usar o ventilador quebrado..Em fato parece que ninguém se importou muito, só acharam divertido também. Voltamos ao HQ para descobrir que estávamos trancados pra fora, pois não tínhamos a chave do cadeado da frente(não quiseram usar o super cortador de aço que acabava de chegar do paraguai) então ficamos eu e Fuspa lá esperando que buscassem a chave. Pulamos para dentro e íamos assusta-los quando voltassem. Bujy se esgueirou por todos os cantos e possivelmente assustei as freiras enquanto o Fuspa tropeçou numa teia de aranha ENORME e foi interrogado por moradores locais. Aqui a historia fica bastante divertida, pois nao deram a chave da frente, então o yuri apareceu dentro com o happo enquanto o caçapa dava game over do lado de fora, se questionando como todo mundo tinha entrado e ele tinha ficado pra fora. Yuri finalmente descobre que tem uma entrada lateral para o carro, e entra pelo lado...O caçapa ficou pra fora ainda, e agora tudo estava mais dificil pois até o carro tinha entrado e ele estava para fora ainda! Depois de muitas risadas e argumentações conseguimos que ele tentasse pular a cerca de arame não farpado, que ficou ligeiramente mais frouxa após a passagem. Já do lado de dentro os bêbados começaram a discutir em todos os lados e eu usei o spray de pimenta dentro de nosso cômodo(pois estávamos a tarde toda querendo testa-lo) Tivemos que dormir no carro, exceto pelo caçapa e fuspa que estavam realmente bêbados demais pra se importar.
Todos estávamos razoavelmente bem pela manhã então comemos as ultimas ana marias, tomamos um pouco de agua e o resto das cervejas para seguir viagem. Nos despedimos de nossos ótimos anfitriões e nos perdemos tentando encontrar a borracharia. Ficamos putos com a cidade mas finalmente saímos de lá ao meio dia com apenas 2 parafusos no pneu da frente, pois o incompetente não conseguiu colocar os outros dois. Oque se segue foram 18 horas de yuri dirigindo, paradas para comer, mijar e fotos, xavecos despropositados em cidades pequenas e 300 quilômetros seguidos ao som de berros.
foi do caralho..faremos denovo.
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